quarta-feira, 13 de maio de 2015

Texto e imagens: Ribas Machado


Hoje vamos começar este relato de forma um pouco diferenciada...

Hoje vamos começar este relato citando Abraham Lincoln (que costuma receber a autoria da frase...)

"Quase todos podemos suportar a adversidade, mas se quereis provar o caráter de um homem, dai-lhe poder."

E, também, Paulo Freire (que já ensinava...)

"Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor"

E começamos desta forma até pra ilustrar uma questão que, por sorte, não tem ocorrido muito nas manifestações, mas, vez ou outra (curiosamente sempre que cismam de pegar um bando de tonto e transformá-los/las em milicianos, em "POLÍCIA do ato"), infelizmente surge.

Conosco já havia ocorrido em um ato (começo de 2015) do MPL, que começou no Largo da Batata, quando uma tiazinha veio nos enquadrar e pedir (com cara de má e postura militarizada) identificação (foi tragicômico) e, se repetiu hoje (em mais um ato que começou no Largo da Batata, deve ser alguma maldição hehehe), quando, quase chegando nos portões da USP, um quarteto (até onde eu vi), com cara de quem estava procurando um banheiro já há horas e com um trapinho amarelo amarrado no braço (o que sinalizava que eram da PULIÇA), composto de uma menina baixinha e "fortinha", um moleque magrelo de boné, um outro sujeitinho sem traços característicos, todos "liderados" por um branco cabeludinho e gorducho que também era o porta voz da trupe, veio em volta de mim querendo entender o que eu fazia filmando a frente do ato... (nesse momento eu estava posicionado entre o ato e o portão da USP, onde, em breve PODERIA ocorrer algum foco de tensão e eu não queria perder, até por segurança do povo sério que estava na marcha)

Nisso o "Líder" até conseguiu ver a credencial de imprensa, o que acabou atiçando mais ainda a criança. Aí após algum papo, seguidos por olhares malvadões da baixinha fortinha, e uma trombada com o magrelo de boné, que querendo mostrar serviço pro chefe, propositalmente parou na minha frente (o que gerou a trombada que acabou fazendo ele ganhar distância, parte por minha causa, parte pelo vento que estava soprando contrário), ele (líder) conseguiu (eh dificuldade viu!) ler "independente" no crachá e, murmurou algo do tipo, ah! é independente, em seguida fez um pouco mais de pose falou uma ou outra bobagem mais (afinal era o líder da PULIÇA do ato, afinal tinha um trapo amarelo amarrado no braço, afinal era "toridade"), só faltou dizer algo do tipo: "vai em paz cidadão", recolheu o "incrível exército de brancaleone" e lá foram eles encher o saco de alguma outra pessoa e eu continuei o que estava fazendo quando interrompido...

Dito isto, vale convidar vocês, que por aqui passarem, a subirem a tela e relerem as frases escolhidas para começar o relato de hoje. Faço tal convite esperando que no futuro mais pessoas aprendam com elas (frases) e que as próximas manifestações, atos, eventos, possam conseguir ser mais horizontais, com menos carguinhos, hierarquia, áreas vips, assessores de assessores, menos carros de som com pessoas de pulseirinha, menos megafone, menos microfone, menos nós x eles, menos eu sou do ato você não (pois você não é negro, não é GLBT, não é branco, não é, não é, não é, mas EU SOU PROTAGONISTA... -gente que não é nada, adora se diferenciar dizendo ser protagonista de atos, já repararam?-), menos gente esfarrapada sem um passado, um presente e um futuro (mas com um trapinho amarelo no braço), enfim, que a simplicidade e, principalmente, a união de quem saiu de casa para somar, possa ser a única regra, que NÓS teremos para registrar...

Mas se não rolar, tudo bem, registraremos do mesmo jeito, mesmo se atos medíocres com gente legal, ou legais com gente medíocre...

Até lá!!

E, iniciada a introdução, penso que vale fechá-la (e iremos parar por aqui, hoje) dizendo... Que o evento de hoje era o...


(17h13)

Evento/ato este que reuniu algumas centenas de pessoas no Largo da Batata que, das 17h00 até pouco depois das 19h00, lá ficaram se concentrando, aquecendo a voz e intercalando o microfone (ligado em um caminhão cedido por um sindicato) para pessoas que davam seu recado para seus amigos e para os amigos dos que em seguida iriam dar o seu recado para os que anteriormente já o haviam dado.

(17h40)

Papo vai, papo vem e papo volta (até tiveram recados bem legais, pena que jogados no vazio -de uma plateia que nada de novo ouviu e nada podia fazer a respeito-), por volta das 19h00, quando já se concluiu que não iria chegar mais ninguém, os que lá estavam, resolveram iniciar a caminhada até o Portão principal da USP.

Chegando no portão da USP, fizeram um "teatrinho", fingindo que fechariam o "entrar e sair" da Cidade Universitária, e por quase 10/15 minutos, aproveitaram para tirar fotos e registrar tal "feito"/ato simbólico, enquanto gritavam palavras de ordem (legais também, mas) para os seguranças, únicos que lá estavam ouvindo. O tempo passou, liberaram as entradas e saíram marchando pra dentro da USP, vazia e escura... (quando então me cansei e vim embora)

( 20h00)

Basicamente foi isso...

Vale como nota positiva, a presença das fanfarras (do M.A.L, do Território Livre e a do Levante Popular da Juventude) e os cantos/gritos que foram entoados enquanto o povo andava...




De resto...

Até breve (em algum outro ato com mais foco, objetivo e sem tanta verticalidade e tanta PULIÇA)






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