domingo, 26 de abril de 2015

Texto e Imagens: Ribas Machado



Em 26 de abril de 1965 era fundada, pelo Jornalista Roberto Marinho, a Rede Globo de Televisão (Globo Comunicação e Participações S.A.).

50 anos depois (data mais popularmente conhecida como "hoje"), enquanto a emissora e seus (ainda existentes e) fieis telespectadores comemoram as Bodas de Ouro deste casamento, em alguns Estados do Brasil, movimentos sociais, sindicatos, coletivos, partidos e outras entidades/pessoas que não gostam/suportam/respeitam a emissora e até hoje se colocam contra este casamento...

Preferiram DESCOMEMORAR esta data/aniversário, desta fundação que (no mínimo) já inspirou/gerou/deu razão (ou não) para muitas lendas urbanas e teorias de conspiração...

Em São Paulo/Capital, como não podia deixar de ser, teve manifestação e, nós do M.L.I, ainda emocionados e irritados com a aula dada por uma "tia" e por alguns veículos de mídia (chamada) tradicional após a última manifestação dos professores, resolvemos acordar cedo no domingo (afinal tinha a concentração marcada para as 15h00) e ir dar uma olhada.


O resultado desta cobertura e as devidas...



Podem ser conhecidas (por quem quiser) descendo mais a tela e clicando no link que levará para a versão completa deste relato (lembrando que para os que chegaram aqui através de um link direto e específico à publicação, basta descer a tela)
E pra quem não se interessa em mais dezenas de fotos, vídeos e comentários, acharia batuta, pelo menos, ouvir a leitura do Manifesto, ocorrida quando o relógio marcou 18h00 em ponto...


E, introdução feita, sigamos juntos (ou não) para a construção do relato completo, logo abaixo da nota mental, muito importante, que vi por bem registrar...

Nota Mental: Também Preciso aprender a "dancinha com os joelhos" dobrados que até o "boneco de Olinda" sabe...
 






Olá de novo!

Seja pra quem desceu direto, seja para quem clicou no link e teve curiosidade e tempo pra conhecer a versão completa deste relato sobre o que aconteceu no...


Dando um novo início, cabe, justamente começar pelo começo e dizer que...

Chegamos 16h10, bem atrasados, graças ao (atualmente) péssimo serviço virtual de busca de itinerários de condução pública que nos indicou um ônibus que faria o trajeto sem nenhuma baldeação, mas esqueceu de avisar que aquela linha não funcionava de domingo...

Resultado, perdemos quase 50 minutos esperando o ônibus que não iria passar, entendendo que o ônibus não passaria, arrumando carona até um outro ponto que teria uma linha que passava perto do local de concentração e esperando esta outra linha...

Já embarcados, levamos mais uns 15 minutos até as proximidades da concentração e mais uns 10 minutos de caminhada até a Praça General Gentil Falcão, quando, enfim, chegamos e...

Reparamos que o ato também ainda não tinha começado e que o policiamento não parecia lá estar para gerar tumulto, problemas e desmandos... (Ainda bem... Por essas e outras que eu gosto de atos fora do centro, geralmente são acompanhados por batalhões de bairro com policiais mais humanizados)



Aproveitando que todos ainda pareciam estar se organizando, aproveitamos para fazer alguns registro iniciais da organização...

Vimos um grupo BRIZOLISTA (sim, eles ainda existem!!)


Vimos os "bonecos de Olinda" (eu gosto/me divirto com esse tipo de boneco... Quase tirei um selfie hehehe)

E passamos a ver/ler as faixas e cartazes (até pra saber/entender quem por lá estava e o contra/a favor de que se manifestava)









 Nota mental: Quero conhecer o centro de estudos abaixo


16h40 passadas e a marcha começou a se organizar...


Aproveitamos para fazer mais alguns registros...




Até que a marcha começou a andar e ganhou a rua com suas faixas, gritos de ordem e musiquinhas (que eu adoro!!) tocadas na maioria das vezes pela Batucada Popular Carlos Marighella (vinculada ao Coletivo Levante Popular da Juventude)



E lá foram eles e elas, rumo à sede da Rede Globo em SP


Com um "batedor" na frente...


 E os, por volta de 400, manifestantes atrás...



Como já citei, animados pela Batucada Popular Carlos Marighella.


Relógio já marcando 17h00 e o ato avançando enquanto interagia com a região...














E... (ainda bem) cantando...





Aos poucos a arquitetura da região nos mostra que a sede paulista da Emissora está ficando mais próxima...




Pelo caminho a interação continua...





Novas mensagens vão aparecendo também...


E o grupo vai aumentando...


Até que, finalmente, chegam (17h26) em uma primeira portaria (que vem a ser a de número 02)


 Quando então o grupo para, canta, grita palavras de ordem, interage, "bate a mão" vira e segue caminhada para a próxima portaria (de número 01)...




Vão avançando...


Cantando...


Dançando... (Eu quero aprender esse passinho!!!)


Os funcionários da Globo observando a passagem enquanto a portaria vai ficando mais e mais próxima...




Mais interação...


Mais caminhada...

Mais canto...


Alguns registros da região...


E eis que (17h34) a portaria 01 aparece...


Vai recebendo...


Uma nova decoração...


E novas informações são "deixadas na pedra" pelos manifestantes...


Até que a polícia intervêm




Conversa...


E a decoração dá lugar a atividades lúdicas (no local) como por exemplo a audição do Direito de resposta, que Brizola teria obtido contra a Rede Globo, e que fora lido no Jornal Nacional, por Cid Moreira, em 15 de março de 1994...


A texto integral do direito de resposta trazia:

Direito de Resposta

‘Todos sabem que eu, Leonel Brizola, só posso ocupar espaço na Globo quando amparado pela Justiça. Aqui citam o meu nome para ser intrigado, desmerecido e achincalhado perante o povo brasileiro.
Quinta-feira, neste mesmo Jornal Nacional, a pretexto de citar editorial de ‘O Globo’, fui acusado na minha honra e, pior, apontado como alguém de mente senil.
Ora, tenho 70 anos, 16 a menos que o meu difamador Roberto Marinho, que tem 86 anos. Se é esse o conceito que tem sobre os homens de cabelos brancos, que o use para si.

Não reconheço à Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa, e basta para isso olhar a sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura de 20 anos, que dominou o nosso país.

Todos sabem que critico há muito tempo a TV Globo, seu poder imperial e suas manipulações. Mas a ira da Globo, que se manifestou na quinta-feira, não tem nenhuma relação com posições éticas ou de princípios. É apenas o temor de perder o negócio bilionário, que para ela representa a transmissão do Carnaval.

Dinheiro, acima de tudo.

Em 83, quando construí a passarela, a Globo sabotou, boicotou, não quis transmitir e tentou inviabilizar de todas as formas o ponto alto do Carnaval carioca. Também aí não tem autoridade moral para questionar. E mais, reagi contra a Globo em defesa do Estado do Rio de Janeiro que por duas vezes, contra a vontade da Globo, elegeu-me como seu representante maior.

E isso é que não perdoarão nunca.

Até mesmo a pesquisa mostrada na quinta-feira revela como tudo na Globo é tendencioso e manipulado. Ninguém questiona o direito da Globo mostrar os problemas da cidade. Seria antes um dever para qualquer órgão de imprensa, dever que a Globo jamais cumpriu quando se encontravam no Palácio Guanabara governantes de sua predileção.

Quando ela diz que denuncia os maus administradores deveria dizer, sim, que ataca e tenta desmoralizar os homens públicos que não se vergam diante do seu poder.

Se eu tivesse as pretensões eleitoreiras, de que tentam me acusar, não estaria aqui lutando contra um gigante como a Rede Globo.
Faço-o porque não cheguei aos 70 anos de idade para ser um acomodado.

Quando me insulta por nossas relações de cooperação administrativa com o governo federal, a Globo remorde-se de inveja e rancor e só vê nisso bajulação e servilismo. É compreensível: quem sempre viveu de concessões e favores do Poder Público não é capaz de ver nos outros senão os vícios que carrega em si mesma.

Que o povo brasileiro faça o seu julgamento e na sua consciência lúcida e honrada separe os que são dignos e coerentes daqueles que sempre foram servis, gananciosos e interesseiros.’

Leonel Brizola

17h48, a Força Tática chega e seus soldados começam a se arrumar... Vão pegando seus escudos e instrumentos de trabalho, se preparando psicologicamente...


Mas foi o tempo deles se vestirem, para que as atividades lúdicas tivessem um fim natural (e não forçado pela chegada da tropa) e os manifestantes iniciassem o caminho de volta à Praça General Gentil Falcão...


Pelo caminho, mais interações interessantes...





Algumas situações curiosas e surreais...

  • Como os Brizolistas tocando Hinos...


  • E a "Marcelinha" sendo avisada dos "gatos da globo"


 Que logo foram esquecidas, pelas atitudes mais condizentes com o ato, como a leitura do Manifesto (que repetimos abaixo)




Então o grupo seguiu em paz, cuidando (ele mesmo -grupo-) do trânsito e avançando rumo à praça


Onde os Brizolista se despediram agradecendo a companhia de todos...




(Ah sim! Vale expressar minha dó por este de vermelho e boné que ficou carregando a caixa de som "portátil" dos brizolistas, por todo o trajeto...)


E todos os demais foram se despedindo e dispersando...


E... Foi isso o ato "Fora Rede Globo -  50 anos de mentira"

  • Tinha muitos grupos da "chamada" esquerda? Tinha... Mas e daí?
  • Gostamos de fazer a cobertura?? Sim... (principalmente por causa das musiquinhas)
  • Foi tranquilo e sem problemas com o policiamento?? Sim...
  • Serviu como mais uma prova de que quando não tem a Tropa de Choque ou A Tropa do Braço, tudo começa e acaba bem? Sim...
  • Por hoje é só pessoal? Sim...
Até a próxima!!!!




























F.A.Q.

FAQ (tchau O.I. oi Nerd na Trip)

Agora que consegui sentar e sossegar bora tirar dúvidas da patota...

Quer saber as novidades em 1ª mão???

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