sexta-feira, 29 de maio de 2015

Texto e Imagens: Walmor Carvalho


Hoje ocorreu o derradeiro dia do XIV Colóquio de Direitos Humanos da Conectas... E que encerramento memorável!!

A minha chegada no Colóquio, se fez com certo atraso. Afinal, foi o dia nacional de mobilização contra a precarização do Trabalho, e ocorreram diversas manifestações por toda a cidade.

Mas, vamos ao Colóquio.

A primeira mesa do dia foi sobre "Democracia e as novas ferramentas de participação", e contou com a presença de Ronaldo Lemos, Advogado que participou dos esforços para a criação do Marco Civil da Internet; Francisco Figueroa, ativista membro do Movimento Estudantil no Chile e Rogério Sottili, da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura.


LEMOS

 FIGUEROA

Após as devidas apresentações, foi a vez das perguntas, que foram limitadas devido ao tempo curto. As mais marcantes foram dirigidas a Ronaldo Lemos, questionado sobre as recentes manobras e tentativas de descaracterização do Marco Civil, e a Sotilli, questionado sobre a validade dos projetos da Prefeitura de revitalização e reurbanização do centro. Vale lembrar que a Prefeitura vem sofrendo duras críticas neste setor após diversas intervenções em "operações de limpeza" na região da Luz e na questão dos parques da cidade.


SOTILLI

O melhor, porém, foi a mesa de encerramento. Com o tema "Quando as Demandas são ouvidas - Experiências históricas e reflexões para o futuro", os convidados foram o ativista Anti-Apartheid Kumi Naidoo (que não pode estar presente mas mandou video) e Vera Jarach, da Linea Fundadora das Madres de la Plaza de Mayo, na Argentina. Em sua fala serena e pontuada de leve humor, Jarach deixou vários emocionados ao relembrar de sua luta na Argentina, ao mesmo tempo em que deixou um recado poderoso ao lembrar que, apesar de sua luta e sua militância terem sido pacíficas, ela jamais perdoou e jamais perdoará, e jamais deixará de lutar por justiça. Ao final, foi ovacionada ininterruptamente por vários minutos.

NAIDOO


JARACH

Por fim, foram homenageados os monitores e voluntários da Conectas, que deram MUITO duro para a realização do evento (devidamente nomeados pelo Ribas no relato de ontem)


Finda a programação oficial e formal do Colóquio, todos descerem para a área livre da Praça das Artes, onde foi feita uma atividade de meditação


E várias homenagens às lutas da Praça Gezi, da Turquia, e dos mineiros de Islay, no Peru (que vem sofrendo sérios ataques do governo local).



Após isso voltamos todos para o salão do primeiro andar, onde se seguiu delicioso almoço e, após farta comilança com conversas agradáveis, tive que encerrar esta maravilhosa experiência pois ainda havia uma assembleia dos Professores pela frente e o folgado do Ribas tirou o dia de folga.

Seja como for, esse colóquio vai deixar saudade. Esse é o tipo de evento que realmente acrescenta ao debate sobre Direitos Humanos no Brasil. A organização, o excelente trabalho dos monitores e o altíssimo nível dos participantes e dos debates é algo que faz falta e deixa saudade. Até 2017, pessoal!




F.A.Q.

FAQ (tchau O.I. oi Nerd na Trip)

Agora que consegui sentar e sossegar bora tirar dúvidas da patota...

Quer saber as novidades em 1ª mão???

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