quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Texto e Imagens: Ribas Machado





Seguindo a tradição, trago pra vocês, agora, uma versão resumida, uma versão introdutória do que foi a manif... Ops!! O bloco, hoje...

E, já que foi um bloco, nada mais normal que começar com uma musiquinha (clássica/jurássica é verdade -como este que vos escreve- sucesso na voz de Sérgio Sampaio) que diz mais ou menos assim:

"Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga
Que eu caí do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou

Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar pra dar e vender"
Essa letra acaba resumindo bem as minhas sensações, relacionadas à esta pauta, hoje...

Explico... Conforme parou de chover e eu fui pra galera (vocês entenderão na versão final/completa), com um dos primeiros rostos conhecidos que achei, resolvi conversar e, dentre as coisas conversadas, uma das coisas que ouvi, foi algo mais ou menos assim: 
"Olha, não deverá ter mais grandes atos na região central, hoje servirá como um encerramento festivo desta jornada, que acabará sendo muito mais bacana do que seria um possível novo ato, talvez vazio... Não se pode ganhar todas e a nossa luta continuará fora do centro, onde tem crescido muito." 
Não gostei de ouvir isto e, embora fosse algo que parecia transparecer nos últimos atos e nas pausas estranhas, realmente não queria ouvir isto...

Mas, conversamos mais e, papo vai, papo vem, a pessoa soltou:
"mas veja bem, eu não sou exatamente do MPL, eu faço parte (não lembro o termo utilizado, mas era algo do tipo) do "grupo estendido", "grupo alargado", "grupo de apoio"... Meu coletivo mesmo é o... Que luta pela..."
Com aquelas palavras na minha cabeça, fui tendo outras conversas, com outras pessoas conhecidas ligadas à esta pauta (e ao MPL) e ninguém mais falou a respeito de um possível final das jornadas de 2015, alguns, inclusive, até negaram esta informação...

E os que não negavam, "se juntavam com os demais" e, nas suas falas, deixaram o futuro em aberto, todos(as) citando a existência de futuras reuniões para discutir este e outros assuntos...

Com este "choque" me resta concluir que, talvez, a opinião primeira fosse a opinião pessoal da pessoa que a proferiu, talvez até ele a leve pra tal futura reunião, mas, aparentemente não é a opinião da maioria... Vamos aguardar! (e torcer)

Seja como for, por estas e algumas outras que acabei lembrando da música do Sérgio Sampaio...

"Eu, por mim, queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo, um grilo menos nisso
É disso que eu preciso ou não é nada disso
Eu quero todo mundo nesse carnaval...
Eu quero é botar meu bloco na rua"

Pois, muito embora tenha havido quem dissesse isto e aquilo, a maioria ali, hoje, queria mesmo é, simplesmente, botar o bloco na rua e ser feliz!!

Alias, por voltar a falar em bloco, o de hoje tinha não uma, mas várias marchinhas:




E, embora com várias machinhas, no quesito "foliões" ele (bloco/MPL), novamente, foi atrapalhado pela chuva que caiu das 16h20 até as 18h15 (com certeza desanimando muita gente que resolveu ficar em casa)

Seja como for, o bloco disse a que veio e teve momentos bem interessantes (que iremos dissecar e comentar na versão final/completa), teve uma comando militar sossegado, simplesmente assegurando o bom caminhar do bloco, e teve pessoas bem interessantes, alias, interessantes, purpurinadas, brilhando no escuro, como a Érica de Oliveira e o Heudes Cássio que, até agora, nesta jornada (que, espero, não acabou) tem sido muito gentis conosco e, hoje, não foi diferente...


Sim, a imagem está escura (Nota mental: Preciso resolver esta questão da iluminação), mas os dois (como vocês puderam ver), tem brilho próprio!

Brilho este, que a Érica fazia questão de dividir com todos... heheh

Afinal, segundo os dois, QUEM NÃO BRILHA, QUER TARIFA!!



OBS: Quem quiser ler/ver (MUITO) mais, clique no link abaixo e seja feliz!!



Sério que você veio ler mais??

Que legal!! Então borandar!!!

Inicialmente vale dizer que esta cobertura diz respeito ao evento:


Pois bem, feitas as considerações acima, cabe iniciar dizendo que cheguei na região da Sé por volta das 17h00 fiz uma parada estratégica para lavar a mão e tomar um café e, então, segui (debaixo de chuva) para onde seria a concentração do Bloco...

Já era 17h15 quando me "abriguei na entrada da Catedral" e fiquei observando o povo corajoso se organizar...




Obs: Vale informar que, lembram do último ato do MPL que, citei um "papai Noel revoltado" , pois é, ele também estava abrigado no mesmo lugar que eu e comigo travou uma conversa longa e bem bacana sobre as manifestações do passado distante, do passado próximo e do presente... Foi muito batuta esse papo e, se ele concordar, num próximo encontro buscarei uma entrevista com ele, que tem uma história de rua muito rica (aguardem e torçam).
Observação feita, voltemos ao bloco, que parecia não aumentar muito conforme o tempo ia passando e a chuva ia caindo... Alias, para não falar que não aumentou nada, vale citar que a PM resolveu chegar perto pra ver e conversar...



Por falar na PM, o número ia aumentando (até pensei em usar a piada dos Gremlins/água, mas já esta bem batida então irei poupá-los)


Mas o tempo ia passando, 17h41, uma das missas, de quarta feira de cinzas, acabou e, da Igreja, saiu um grupo de jovens que foi pro bloc... Ops!! Não!! Que ficou dançando de forma coreografada na cobertura da Catedral até cansar, fazer as selfies necessárias (pro padrões das redes sociais) e ir pra casa...


Enquanto os jovens felizes e coreografados saiam da Igreja pra dançar um pouquinho com o som do Bloco, as 17h44 o Padre Julio Lancellotti fazia o caminho inverso, ou seja, saía do bloco, para ir pra Igreja (de rua) onde rezaria sua tradicional Missa às 18h00.



Nessas idas e vindas, por voltas das 17h45, o povo do GAPP começa a chegar...


E às 18h00 o grupo já tinha dobrado de tamanho...


Por falar em duplas, alguns foliões foram desanimando de esperar a chuva parar e resolveram (18h10) diminuir ainda mais o grupo já reduzido...


Deviam ter esperado mais um pouquinho, pois, por volta das 18h18, a chuva praticamente parou e lá fui eu olhar a concentração do bloco, mais de perto...

Fiz algumas imagens, tive várias conversas (incluindo as citadas acima, na versão resumida/introdutória) e, como a chuva parou de vez, por lá fiquei, buscando entender o que rolaria, para onde e se andaria...

 

O número de foliões ia aumentando...


O número de PMs também...


E a Catedral só observando...


Enquanto a moçada ia se aquecendo...

 

Se organizando...


Se fantasiando...


O tempo passando (18h34)


A Fanfarra do M.A.L, já aquecida, se preparava para começar a andar...


Até que por volta das 18h58, o bloco resolveu andar, se arrastar, seria o termo mais adequado... (isso mudou conforme o tempo foi passando -ainda bem-)


E assim o fez, com uma animaaaaação....


E deixando a Catedral pra trás...


Chegou na entrada/saída da Estação Sé do Metro, onde parou e ficou...


 Enquanto os seguranças da estação também pararam e ficaram...


Tal atitude segura (e desnecessária) não abalou os foliões, alias, se querem saber, acho que eles começaram a "se sentir em casa" e a animação, finalmente, começou a aparecer...


As marchinhas foram sendo tocadas:

  • Saí do sério

  • Ôh Passageiro

  •  Se você fosse de graça

  •  Haddad, eu não me engano

 E ao som destas e de outras marchinhas, os foliões ia se animando, brincando de trenz... Ops! Brincando de "onibusinho"...


E tudo ia correndo tranquilamente e (agora) com animação...


Até que resolveram sair da saída da Sé (reparem que já tinha um número batuta de foliões)


Indo em direção ao TJ...


E fazendo uma paradinha na Praça Clóvis Bevilaqua...

Onde fizeram m uma paradinha...




Até que por voltas das 19h30 pegaram a rua Anita Garibalde e começaram o trajeto rumo ao Terminal Parque Don Pedro II



Na frente, puxando os puxadores do bloco, vinha um manifestaCÃO que, curiosamente, latia para as pessoas que porventura estivessem paradas em pontos de ônibus, como que as chamando para o bloco... Isso foi curioso, pena que não filmei... (mas ainda conseguirei esse vídeo, pois sinto que ainda verei esse amiguinho).


O tempo ia passando...


E alcançamos a rua Rangel Pestana...


Fiz umas pausas temáticas...

Pensei/rezei um pouquinho...


Enquanto o manifestaCÃO (e seu dono) também pausaram para esperar o bloco...


Bloco que veio chegando...


Com a Observadora Legal, observando...


E a catraca sendo levada de "condução" (tarifa zero, lógico)



 Até chegarmos no Parque Don Pedro


 

 Onde, enquanto o bloco se dirigia para o Terminal, pude gravar mais algumas marchinhas, como por exemplo:
  • 3,50 ninguém aguenta

  • Se a tarifa não zerar

E assim foi (e fomos) até chegar no Terminal, onde fomos saudados pelo Choque (que devia estar lá parado desde a última manifestação)

 

Tá que era um choque ZEN... (por estas e outras que sempre bato na tecla de que o grande problema não está nas tropas, mas, sim, em quem dá ordens para que comanda as tropas... Já já nas observações finais, falarei mais a respeito...) Mas era o Choque...


E a moçada dançando...


Bem pertinho (quase junto)


Então, após abusar da sorte até onde deu e após o aviso de uma "Fanfarra do M.A.L" que flagrou alguns soldados colocando a mão dentro das sacolas, onde comumente são guardadas as bombas, o bloco resolveu andar e seguir para o próximo destino... 

A Prefeitura...

 
O bloco foi saindo...


Saindo...


Saindo...


Até que chegou na...


Onde começou (começamos) a subida...


 Fazendo imagens...

 

Vendo amigos...

Vendo o Impostômetro...


Que não para de subir...


Chegamos no Pateo do Colégio...


 E o bloco seguia animado...


 Ao som de "Viva a sociedade sem tarifa (e sem catraca)"


E assim foi...

Com o ManifestaCÃO servindo de batedor do bloco...


Com o GAPP...


Com os seguranças acorrentando as estações (no caso a São Bento)


 E com a chegada no São Bento (propriamente dito -Adoro este Mosteiro-



Onde parei um pouquinho, rezei mais um pouquinho (Hoje é dia santo poxa vida!! Não reclamem, só continuem sambando aí...)


Registrei isso...


Isso (e esses)


Até que chegamos na Prefeitura


 Que estava cercada de... Ops!! Não estava não!!!


E, lá, foi feita a última parada...


Parada esta, com direito a mais sambinhas...

Direito a Prova de "Pula a Catraca"  (teve que passou por baixo - preciso dar um jeito no problema da falta de iluminação noturna-)



E ao Jogral Final (puxado pelo MPL Heudes)


Em seguida o samba foi rolando...

Pude ouvir a MPL Érica e o MPL Heudes, brilhando muito graças à purpurina e aos méritos pessoais...



 E, então, enquanto muitos já arrumavam a ajuntavam suas coisas...

 

Foi chegando a hora de se despedir e seguir pra casa...

Não, sem antes, dar uma olhada pra trás (e sair pensando em "como será o amanhã, responda quem puder..." la la la)

 
 

 Até a próxima!!!


P.S: Ah! eu disse que iria tecer algumas observações não é?? Ok...
  •  Pois bem, vale registrar que o grupo militar presente, portou-se de maneira bastante profissional... Tá que era um bloco, mas no bloco existiam muitas pessoas clássicas, presentes normalmente nos atos e, tais pessoas, andaram por pontos super protegidos normalmente... Aconteceu algo, algum problema?? Não nada!! Isto, como já disse acima, mostra que o grande problema não é o ato/bloco/manifestação, não são os manifestantes, e também não é necessariamente a PM (não querendo eximir de responsabilidade os boçais/doentes que se "fantasiam de PMs" para cometer suas atrocidades), pelo menos não em um sentido que basearia sua extinção (que, por mim, até pode ocorrer) pois o grande problema reside nas ordens dadas por "quem manda em quem manda na PM..." pois tais ordens que acabam levando a (ou permitindo que) violências e inconstitucionalidades sejam praticadas  (esse tema é complexo e eu sei que estou devendo um texto a respeito...)
  • Independente de quem falou a realidade do pensamento atual, é fato que os últimos atos (por várias razões e eu citaria como principal, a chuva) vem vindo ladeira abaixo, mas, sei lá, jogar a toalha agora poderá ser muito mais prejudicial pro coletivo, do que perder lutando... (Não, não achem que estou instigando nada, a questão é que já venho acompanhando desde antes das jornadas de 2013 e, apenas como um livre pensador que sou, penso que uma saída estratégica, agora, muito provavelmente retiraria todo o resto de credibilidade ainda existente nesta pauta -em breve escreverei sobre isto também-). Mas isso é só um pensamento/análise/achismo meu... Desconsiderem... (ou não)
  •  Sim, estou com vários textos/ideias pra escrever e, como acho que muito em breve teremos um certo marasmo na rua, entendo que, neste período específico, poderei ter mais tranquilidade e razão para filosofar a respeito dela (rua), por enquanto, continuarei sem pensar muito, "apenas cobrindo"...





F.A.Q.

FAQ (tchau O.I. oi Nerd na Trip)

Agora que consegui sentar e sossegar bora tirar dúvidas da patota...

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